domingo, 19 de julho de 2009

Despedida


Despeço-me. Ou melhor, despedimo-nos: a despedida é sempre entre duas partes.
Não é uma despedida definitiva, cada qual para o seu lado: é apenas um até breve.
Você vai, pega um avião, mês que vem tá aí de novo.
Não nos veremos nos próximos dias, a não ser pela webcam (e ainda bem que existe webcam!).
O que é um tanto triste, mas não assim de se morrer de desespero.
A tecnologia ajuda muito nas despedidas breves (em despedidas tipo final de namoro ou final de casamento, ou mesmo morte, não serve pra nada, mas para despedidas breves, de quem viaja ou muda de cidade, ajuda muito).
A nossa despedida é do tipo contornável tecnologicamente. Nos falaremos via e-mail, todos os dias, como é de se esperar.
E continuaremos com nossos papos e planos e projetos e risadas tipo hehehe. E, tudo bem, fofocas.

Você vai, eu fico. Talvez eu sofra mais. Meu dia a dia será o mesmo, sem grandes novidades.
Nos meus almoços você não estará mais presente. Não ficaremos mais um século para decidir onde almoçar, indo, finalmente, sempre ao mesmo lugar.
A sua rotina, em outro ambiente, levará à distração.
Nova cidade, novos ares, novas pessoas.

Voltará com muitas idéias, fotos e vontade de ir aos lugares que sempre fomos, como se fosse impossível viver sem eles.

Sou do tipo chorona. Até em despedidas do tipo breve e contornáveis via web, tenho certa tendência às lágrimas. Talvez seja uma propensão genética.

De toda forma, dessa vez, me segurei e não chorei.
Não fiz discursos, evitando o sentimentalismo.
Percebo que você vai feliz.

Ficarei aqui, aguardando os seus e-mails.

E viva a internet, que nos unirá no mesmo plano, mesmo estando tão distantes fisicamente.

Só não esqueça de mim!

4 comentários:

  1. Aeee, que bom que vc gostou!!
    Meu blog agora tem meu email e ele está ali p pessoas como vc.
    Se eu contar como e porque faço minhas poesias, ninguém mais vai querer ler o que escrevo.

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  2. Tereza, que texto lindo... conheço essa sensação, seu texto me trouxe tudo à tona, cheguei a sentir o gosto salgado da lágrima, mas não chorei ;)
    Bjo

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  3. Querida, o sentimentalismo é mesmo genético... só de pensar nas despedidas, já me deu vontade de chorar. Você, hoje chorona... a criança que não chorava... A criança mais feliz que conheci. Bjs Mama

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  4. Oi. Há várias pistas de deserto em todos nós. Entre na net e vá. Passeio aqui e gosto. Venho lá da casa de Sandra Val(delícia de pessoa) - beijo aí - Paulo Viggu

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