terça-feira, 12 de maio de 2009

Diálogos do Meio-Dia (again)

- Onde vamos almoçar hoje?
- Não vou almoçar, mas vou com vocês.
- Não vai almoçar por quê?
- Porque estou sem fome.
- Toma um suco então.
- Não, não quero.
- Um suco, uma água.
- Não quero nada.
- Como não quer nada?
- Nada, não quero nada. Quando estou assim não quero nada.
- Ih, já vi, você está hoje mais chata do que o normal.
- É, estou.
- E de quê adianta levar a vida assim tão a sério? Faça como eu: seja relax.
- Ok, serei como você, relax com tendências suicidas.
- É, não sou assim tão relax.
- De quê vale isso tudo, hein? Tanto trabalho, tanto esforço, tanto stress?
- Nada, não vale nada! Seja como eu, livre!
- Um livre operário! Que bate ponto e fala amém a tudo o que diz o seu chefe.
- Ah, eu nem escuto mais o que ele diz. Só me preocupo agora com o meu cigarro. Será que vão acabar com os fumódromos?
- É, o seu cigarro... Boa preocupação. Eu gostaria de me preocupar com cigarros também.
- Aliás, o preço do maço aumentou. Fumar não tá mais pra pobre não!
- É, eu vi, acho isso muito bom. Pobre não tem mesmo que fumar. Nem pobre, nem rico.
- Ah, todo mundo tem câncer. Todo mundo, você não viu? A tendência de todo ser humano é ter um câncer. O meu será de pulmão. Ou de língua. Ou na garganta. Você não fuma e não sabe onde será o seu.
- Ok, bom argumento.
- Se não quer cigarros, tome ao menos uma limonada!
- O mundo já é azedo o suficiente. Não quero nada.

domingo, 10 de maio de 2009

Platão...

- Você já pensou em abandonar a vida real?
- Sim e como!
- A vida real não é pra você!
- E eu não sei?
- Você e a vida real são duas coisas absolutamente incompatíveis. Contas para pagar, louças para lavar, camas para arrumar, supermercados a fazer...
- Chatos para suportar...
- É, não tem nada a ver com você.
- Não mesmo... Eu queria viver em um filme de Walt Disney...
- Até eu, que sou assim, racional, prático, metódico, às vezes me canso da vida real.
- Jura? Cansa mesmo?
- Canso... Mas tenho uma desvantagem em relação a você...
- E qual é?
- Não tenho afinidade com ficções, manja? Não curto arte abstrata, não leio histórias fantásticas... Não conheço outro mundo que não seja esse, real e concreto, absolutamente sólido.
- Puxa, então você nunca leu Platão, certo?
- Hummm... Platão... Não, acho que não. Por quê?
- Filho de Deus, leia Platão. Sua pobre cabecinha vai dar loopings, se você acha que o mundo em que vivemos é real.
- Sério? Por quê? Não é? O mundo real é o das suas histórias? Dos seus personagens? Dos seus poemas? Em que mundo vivemos então?
- Leia Platão, leia Platão...

sexta-feira, 8 de maio de 2009

A vida real não tem me deixado tempo para a ficção...
O tempo está escasso... =(
Volto assim que der!
Bjos,
Tereza

domingo, 3 de maio de 2009

Ser bom

“Ser bom” é uma oração intransitiva
Não cabem complementos ou sujeitos.
Quem é bom, é bom,
Em qualquer circunstância,
Com toda e qualquer pessoa.

Quem é bom, é bom.
Ponto.