Por favor, me perdoem, ainda não estou de todo adaptada a este mundo e as minhas crises existenciais são como reumatismo: doem mais no inverno.
Doem porque o mundo é redondo.
E porque viemos de algum lugar que ninguém sabe onde fica.
Doem porque a vida é rara: tudo o que se vê, olhando ao redor, são tentativas de subsistência.
Porque está tudo errado e não há forma de se endireitar.
E o único espaço onde pode haver anarquia sem hipocrisia é dentro de nós mesmos.
Doem porque a cada segundo tememos a morte, quando é graças a ela que os segundos têm valor.
E porque nos enchemos de coisas, mas por dentro continuamos como antes: vazios.
E cheios de ecos.
E às vezes doem mais quando doem menos: porque penso que podem ter desistido de mim (e sem as crises o vazio é ainda maior).
E porque os indivíduos criaram atalhos: agora as palavras saem das bocas sem antes passarem pelos corações.
Doem também quando as crises dos outros desaparecem ou estão camufladas. É a dor do desajuste.
E quando se levanta a lebre “de onde viemos e para onde vamos?”, uma vez que para tal pergunta jamais teremos resposta.
E doem ainda quando essa pergunta está fora de questão, como se fosse possível seguir sem pensar nisso.
Doem por tudo o que acontece ou deixa de acontecer: são crises, afinal de contas.
Doem até sem motivo.
E em especial porque faz frio. E minhas crises doem mais no inverno.
Doem porque o mundo é redondo.
E porque viemos de algum lugar que ninguém sabe onde fica.
Doem porque a vida é rara: tudo o que se vê, olhando ao redor, são tentativas de subsistência.
Porque está tudo errado e não há forma de se endireitar.
E o único espaço onde pode haver anarquia sem hipocrisia é dentro de nós mesmos.
Doem porque a cada segundo tememos a morte, quando é graças a ela que os segundos têm valor.
E porque nos enchemos de coisas, mas por dentro continuamos como antes: vazios.
E cheios de ecos.
E às vezes doem mais quando doem menos: porque penso que podem ter desistido de mim (e sem as crises o vazio é ainda maior).
E porque os indivíduos criaram atalhos: agora as palavras saem das bocas sem antes passarem pelos corações.
Doem também quando as crises dos outros desaparecem ou estão camufladas. É a dor do desajuste.
E quando se levanta a lebre “de onde viemos e para onde vamos?”, uma vez que para tal pergunta jamais teremos resposta.
E doem ainda quando essa pergunta está fora de questão, como se fosse possível seguir sem pensar nisso.
Doem por tudo o que acontece ou deixa de acontecer: são crises, afinal de contas.
Doem até sem motivo.
E em especial porque faz frio. E minhas crises doem mais no inverno.
Só para registrar minha passagem por aqui!! Bjo
ResponderExcluirAdoro este texto!
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